quero
um lugar que caiba no
bolso
e que não doa
os ossos
pra carregar
celebrar
uma vitória tímida
um momento único
com poucas falas
e um tanto de música.
olhar aquele algo
simples
sem contornos máximos
ou luzes fortes.
só alguém
com uma camiseta mais ou menos bonita
e a voz um pouco desafinada
a bermuda rasgada de tanto usar.
não são preciso
poemas. qualquer palavra serve
pra descrever.
um vinho talvez
mas nem precisa
porque
ali
naquele lugar do tamanho certo
não falta nada
e não sobra pra ninguém.
tá tudo muito bem
no limite
timidez do sol e
no limiar
da tarde em que
as nuvens
não tem nada de especial
são só nuvens
flutuando
até sumir.
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