Nem se te dessem um nome, homem
haveria conforto - é difícil olhar
este teu corpo amorfo
querendo tocar.
o que você vê quando vê
o que você olha quando olha
o que você enxerga quando enxerga
me diz, homem
porque quando assisto o teu olhar
vejo que ele busca fissuras
de corpos
rachaduras de
óssos
você tenta entrar por brechas, homem
por quê?
* Este poema faz parte do livro 'Anatomia do Homem em Curso', escrito durante a pandemia e ainda sem data de publicação.
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