mudei a forma como me
grafo
o som não se altera
a boca nada e falha
o suspiro me espera.
sei que ainda sonho
porque meus sonhos
não dormem
mas
o que faz a mão cansada?
tudo ou nada
um pouco
de
cada
vez.
me infinito tanto
que o desejo é
quase como ver(ter).
e o sonho é tampar os olhos
e dar ao corpo sua dimensão mais sensível de experimentar uma frase longa e estreita sem cair nos sons arranhados.
seduzo na mesma proporção que me desfaço
e desapareço tão bem, que me espanto.
nada nunca foi fácil
mas parece que menos pensamento
ajuda
a agilizar
todas essas
rugas do
rosto.
todo esse gosto
por
fuga.
e me parece
assim de
longe
que
deixar de fugir
é finalmente
chegar.
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