Deitado tão lúcido
olhando um horizonte tão pálido
escrevendo tão fútil
poemas tão vagos
um trago tão ácido escorrendo o perfume tão útil pela boca tão fácil de um homem tão único.
Escondido num álibi a força de uma dúvida uma vida longa e íngreme mas um futuro tão míope quem dera por descuido próximo o destino e sua música curvatura e ângulo me deixassem por último
neste fio de história.
A carteira inóspita
preocupando meu fundo
o tempo nunca físico
se desfaz em ondas de plástico.
Minha mão alcança o antídoto e bebe em goles flácidos a boca pede o líquido o corpo sonâmbulo é só mágoa.
Um silêncio de múmia seria saída tão mágica e o toque de pétala para um olhar tão analítico seria tão sério mesmo sendo tão sísmico.
* poema escrito em 21/07/2019 as 11h21.
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